terça-feira, 15 de outubro de 2013

Confiança.

Me disseram: Confiança é uma coisa bem delicada.

Achei, de início, a frase muito simples. Mas ela nunca me saiu da cabeça. Se sempre ficou na minha mente é porque tem uma importância maior do que a que estou dando. Nada melhor do que pensar a respeito.

Considero três grandes pontos que ocasionam a perda de confiança:

1. Desconfiança. Parece contraditório, mas não é. Confiança exige reciprocidade. Se a pessoa em quem confiamos não confia também, automaticamente há a quebra desta confiança que temos.

2. Indisponibilidade. Confiança presume presença. É aquela coisa de fechar os olhos e se soltar no vazio na certeza que seremos amparados. Quando fazemos isto e somos amparados pelo chão não há confiança que resista.

3. Mentira. Propositadamente deixada por último, é o componente venenoso de qualquer grau de confiança. Não há confiança que resista a uma mentira. Diga a verdade ou não diga nada, mas não minta. Dizer que não pode (ou não quer) revelar nada no momento é melhor do que dizer uma mentira para abafar. “Mentira tem perna curta”, já dizia minha avó e com toda razão. Cedo ou tarde a verdade aparece e quando aparecer fica a decepção. Jamais entre pelo caminho de que “os fins justificam os meios” pois isto não muda o fato.

Não estou dizendo aqui para sermos perfeitos (ninguém é). Iremos errar sim. Se errarmos (e saberemos quando isto acontecer) nada melhor do que a honestidade de assumir o erro cometido antes que ele seja descoberto por conta própria. Fica até mais bonito alguém confessar um erro cometido para alguém que lhe é caro do que ter de se explicar depois que o mesmo foi descoberto. Isto é parte do que eu chamo de “consideração”.

É tão difícil confiar em alguém hoje em dia, então, se confia em alguém cuide para não trair esta confiança. Cuide, cultive e sempre estimule esta confiança recíproca.

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